O Brasil iniciou oficialmente a aplicação de novas metas de mistura de biocombustíveis: 30% de etanol anidro na gasolina (E30) e 15% de biodiesel no diesel (B15). Essa decisão, que integra uma estratégia mais ampla de transição energética, tem potencial para fortalecer a segurança energética do país, reduzir a exposição à volatilidade do mercado internacional de petróleo e impulsionar a economia rural e industrial.
Com a medida, espera-se uma diminuição significativa nas importações de combustíveis fósseis, especialmente relevante diante da recente alta no preço do barril e das incertezas geopolíticas que afetam o fornecimento global. Para a cadeia produtiva nacional, isso significa maior demanda por cana-de-açúcar, milho, soja e outras oleaginosas, movimentando a agroindústria e gerando empregos diretos e indiretos em regiões produtoras.
Do ponto de vista ambiental, a ampliação da mistura contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ajudando o Brasil a cumprir compromissos internacionais como o Acordo de Paris e o RenovaBio. Estudos mostram que o uso de E30 e B15 pode resultar em uma diminuição expressiva de CO₂ equivalente na atmosfera, além de reduzir poluentes locais que afetam a saúde pública.
No cenário internacional, a medida reforça a posição do Brasil como líder no uso e desenvolvimento de biocombustíveis, servindo de referência para países que buscam soluções tecnológicas viáveis para acelerar a descarbonização de suas matrizes energéticas. Organizações setoriais e especialistas já destacam que, se bem acompanhada de políticas de incentivo e inovação, essa decisão pode abrir novos mercados de exportação para o biocombustível brasileiro, ampliando o protagonismo do país na bioeconomia global.