Com o volume massivo de dados gerados por mercados, sensores, consumo e geração, o analista de dados surge como peça-chave para transformar essas informações em decisões estratégicas no setor energético. Empresas de energia — de geração solar e eólica a distribuidoras — buscam profissionais que coletem, limpem, analisem e visualizem dados para otimizar processos, reduzir custos e melhorar a eficiência.
O que faz esse profissional
O analista de dados em energia monitora informações sobre consumo, performance de usinas e créditos energéticos. Consolida dados vindos de sistemas SCADA, sensores IoT e faturamento, aplica estatística e cria relatórios que auxiliam o planejamento e a operação diária.
Habilidades técnicas necessárias
- Programação e bancos de dados: Excel avançado, SQL, Python e R são essenciais para manipular e modelar dados.
- Ferramentas de visualização: Competência em Power BI, Tableau ou similares é indispensável para comunicar insights.
- Estatística e modelagem: conhecimento em séries temporais, testes estatísticos e visualização contribui diretamente para previsão de consumo e performance.
Soft skills e perfil profissional
- Comunicação clara e narrativa com dados são indispensáveis para convencer equipes e executivos.
- Curiosidade e pensamento crítico.
- Proatividade e espírito colaborativo são valorizados em equipes multidisciplinares.
Oportunidades e remuneração
O mercado de analistas de dados em energia está em expansão. No Brasil, cargos começam em cerca de R$ 4.000 a R$ 7.000 para níveis júnior/pleno podendo ultrapassar R$ 10.000 com experiência técnica em temas como Big Data, BI e energias renováveis.
Estratégias para entrar na área
Para quem deseja ingressar nessa área em crescimento, a melhor porta de entrada ainda é buscar oportunidades de estágio ou programas de trainee em empresas do setor energético. Esses programas oferecem contato direto com dados reais de consumo, geração e distribuição, além de permitir vivência prática em projetos de otimização e eficiência energética.
Embora cursos especializados em ferramentas como Python, SQL, Power BI e fundamentos de estatística aplicada sejam essenciais para a formação técnica, é no estágio que o futuro analista aprende a interpretar indicadores específicos do setor, como curvas de carga, geração intermitente de renováveis e análise de perdas elétricas. Também é no ambiente corporativo que surgem os desafios reais: lidar com grandes volumes de dados operacionais, integrar diferentes sistemas de informação e transformar tudo isso em insights valiosos para a tomada de decisão.
Por isso, além de investir em qualificação técnica e montar um portfólio com projetos de análise ou dashboards de energia, o passo decisivo para quem busca se firmar como analista de dados no setor é conquistar uma experiência prática em empresas de geração, transmissão, distribuição ou consultorias especializadas em energia.