O ano de 2025 será lembrado como um marco para o setor de energias renováveis no Brasil. Após um crescimento expressivo em 2024, o país segue atraindo investimentos massivos — fortalecendo seu protagonismo energético global e fomentando inovação, empregos e infraestrutura limpa.
Solar em alta histórica
Em 2024, os investimentos em energia solar no Brasil somaram R$ 54,9 bi, registrando um salto de 30% sobre o ano anterior. Foram adicionados 14,3 GW de nova capacidade, com 8,7 GW em geração distribuída — instalados em residências, empresas e edificações públicas — e 5,7 GW em usinas centralizadas. Até o final de 2025, a expectativa é de mais R$ 39 bi em novos aportes, elevando o total acumulado para cerca de 64,7 GW de potência instalada solar
O segmento de renováveis liderou as fusões e aquisições no país em 2025 — com R$ 120 bi em negócios, representando cerca de 40% do mercado de M&A, segundo avaliação da revista Exame. Hidro, eólica, solar e bioenergia foram destaque, refletindo o apetite crescente por ativos verdes.
Matriz elétrica cada vez mais limpa
Dados da EPE mostram que a geração elétrica renovável alcançou 88,2% da produção total em 2024, com solar e eólica representando 24% do consumo — reforçando a liderança verde do Brasil. É consenso que os grandes aportes em infraestrutura renovável e leilões de energia viabilizam esse nível de expansão.
Entradas estrangeiras e perspectivas a longo prazo
Empresas chinesas, como SPIC e CEEC, estão investindo em vários projetos: usinas eólicas no Rio Grande do Norte (105 MW) e complexos solares no Piauí e Ceará (738 MW), totalizando R$ 2 bi só em território potiguar.
Empregos e arrecadação: a geração distribuída solar projetou gerar 396 mil vagas e R$ 13 bi em tributos em 2025, e mais de R$ 200 bi movimentados historicamente pelo segmento.
Desafios e oportunidades pela frente
Infraestrutura: a expansão renovável requer investimentos em transmissão e armazenamento — tema central nos leilões previstos para 2025, estimados em R$ 57 bi para geração e transmissão .
Taxas e regulação: o setor aposta em incentivos, como isenção fiscal, e ajustes regulatórios para enfrentar os riscos cambiais e complexidade burocrática.
O Brasil vive uma fase histórica de expansão das energias renováveis, com recordes de investimentos, crescimento robusto nos parques solares e eólicos e um futuro promissor de grandes aportes externos. A transição energética verde avança, mas depende de atenção aos gargalos regulatórios, logísticos e de infraestrutura.
Para empresas, estudantes e profissionais, esse é o momento perfeito para se posicionar em áreas como M&A renovável, projetos de geração distribuída, infraestrutura de rede e armazenamento energético.