Primeira Usina Eólica Offshore do Brasil Deverá Entrar em Operação até 2027

O Brasil está a um passo de consolidar sua presença no mercado global de energia offshore. Com base na aprovação da Lei nº 15.097/2025, que estabeleceu o arcabouço legal dos parques eólicos marinhos, empresas reúnem esforços para lançar a primeira usina eólica offshore do país até 2027.

Aspectos técnicos e operacionais

A estrutura envolverá turbinas instaladas em alto-mar, beneficiando-se dos ventos mais fortes e constantes. O modelo segue a tendência global, já explorada na Europa, América do Norte e Ásia .

Empresas como Eletrobras (em parceria com Ocean Winds) e Beta Wind Energias Offshore estão concluindo estudos de viabilidade e têm planos de iniciar a construção entre 2025 e 2026, com previsão de operação comercial por volta de 2027–2029.

Por que isso importa para o mercado de energia

  • Expansão da matriz renovável: o investimento em eólica offshore fortalece a transição energética do Brasil, que já conta com alto índice de fontes limpas na geração.
  • Potencial econômico: estudos da EPE e do Banco Mundial estimam até 96 GW de capacidade acumulada até 2050, gerando aproximadamente 516 mil empregos e um impacto econômico de R$ 900 bilhões.
  • Desenvolvimento industrial e logístico: aproveitar a cadeia existente do setor de petróleo e gás no Brasil pode reduzir custos e acelerar a implantação local .

Desafios e próximos passos

Regulação: apesar da sanção da lei em janeiro de 2025, ainda faltam regulamentações detalhadas e definição de prazos para os primeiros leilões de áreas em alto-mar .

Infraestrutura: será necessário ampliar portos especializados, malha de transmissão e garantir cadeias logísticas específicas para turbinas eólicas offshore .

Licenciamento ambiental: envolve diálogo com comunidades marítimas, avaliação de fauna marinha e mitigação de impactos .

A entrada da eólica offshore no Brasil representa não só um novo vetor de geração renovável, mas também uma oportunidade de modernizar o mercado de energia, integrar técnicas de redes inteligentes e potencializar o desenvolvimento de hidrogênio verde.

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