O Brasil está vivenciando um avanços tecnológicos real nas redes elétricas. No país, já existem mais de 200 projetos-piloto de smart grids, investindo cerca de R$ 1,6 bilhão, entre recursos do Programa de PD&I da ANEEL e do Inova Energia da FINEP.
Experiências que inspiram
- Cemig (MG): o projeto “Cidade do Futuro” em Sete Lagoas testa automação e integração com geração distribuída.
- Copel (PR): programa em mais de 50 cidades do Oeste paranaense substitui medidores convencionais por versões inteligentes com digitalização da rede.
- Neoenergia destaca-se com plantas em Fernando de Noronha e Atibaia, usando rede 4G/LTE, mais de 78 mil smart meters e sistemas inteligentes de “self-healing”.
Inovação em campo
Em São Paulo (Vila Olímpia), o projeto “Urban Futurability” da CERTI/ENEL criou gêmeos digitais da rede (digital twins) e desenvolveu um “Laboratório Vivo” para teste de tecnologias disruptivas.
No agreste baiano, a fazenda Dom Perignon estabeleceu uma smart grid agrícola de 4,4 MW, combinando solar e térmico para reduzir o consumo de diesel em até 70% e maximizar a produção.
O que isso significa para o setor
- Eficiência e confiabilidade: essas redes digitais reduzem perdas, melhoram qualidade e detectam falhas automaticamente.
- Integração renovável: smart grids aceleram a conexão de fontes como solar e eólica ao sistema.
- Inovação e P&D: as iniciativas contam com universidades, startups e centros tecnológicos para validar soluções em campo .
Desafios à frente
Apesar dos avanços, persistem barreiras como infraestrutura antiga, padronização de sistemas, segurança de dados e estrutura regulatória ainda em desenvolvimento, além de altos custos de infraestrutura e equipamentos .
Conclusão
Os projetos-piloto de smart grid espalhados pelo Brasil mostram que a modernização das redes elétricas já é uma realidade — mais do que promessa. A digitalização com medição inteligente, automação e análise de dados está pavimentando um sistema de energia mais eficiente e flexível. À medida que o marco regulatório amadurece, os investimentos aumentam e as tecnologias amadurecem, o mercado demandará profissionais em automação, cibersegurança, análise de dados e gestão de sistemas inteligentes — abrindo diversas oportunidades nessa revolução energética.