COP30: Preparativos e Perspectivas para a Liderança Climática Brasileira

Em novembro de 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), na cidade de Belém (PA). O evento é considerado uma das maiores cúpulas globais sobre clima e deve reunir líderes de mais de 190 países, além de organizações ambientais, cientistas, empresas e representantes da sociedade civil. Com isso, o país ganha uma posição estratégica para influenciar políticas globais e regionais de combate às mudanças climáticas — e o setor de energia estará no centro desse debate.

(Aqui pode ser inserida uma imagem de Belém com destaque para energia limpa ou debates climáticos.)

O papel do Brasil no contexto climático

O Brasil tem vantagens naturais e estruturais relevantes: uma matriz elétrica majoritariamente renovável, forte presença da energia hídrica, crescimento das fontes solar e eólica e potencial inexplorado em biocombustíveis e hidrogênio verde. No entanto, os desafios também são significativos: falta de planejamento de longo prazo, instabilidade regulatória, redução de investimentos em energia renovável e dificuldades de licenciamento ambiental para novos projetos.

Além disso, há preocupação com a desaceleração de investimentos no setor solar e eólico em 2024-2025, que, segundo especialistas, reflete incertezas nos marcos legais e gargalos na infraestrutura de transmissão — fatores que precisam ser enfrentados com seriedade até a COP30.

Preparação nacional: avanços e gargalos

O governo federal criou o Comitê Interministerial para a COP30, responsável por coordenar ações entre ministérios, estados e municípios. Além disso, iniciativas de transição energética justa, inclusão social na agenda climática e estímulo à bioeconomia amazônica devem ganhar espaço nos painéis do evento.

Entre os preparativos, destacam-se:

  • Lançamento do Plano Clima (em revisão);
  • Desenvolvimento do mercado regulado de carbono (SBCE);
  • Incentivos a projetos de hidrogênio verde e energia offshore;
  • Reforço na cooperação internacional, com destaque para acordos com China, Alemanha e EUA.

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