O estado do Ceará acaba de conquistar mais um marco na transição energética brasileira: foi concedida a licença prévia para o primeiro projeto de energia eólica offshore do estado, sinalizando que o Nordeste segue na vanguarda das renováveis no país.
Emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), a licença foi concedida ao projeto Dragão do Mar, que prevê a instalação de aerogeradores em alto-mar, a cerca de 6 km da costa de Camocim, no litoral oeste do estado. Com uma capacidade projetada de 1,2 GW, o empreendimento é um dos primeiros do Brasil a atingir essa fase de licenciamento, após a regulamentação do marco legal das eólicas offshore (Lei nº 15.097/2025).
O que torna esse projeto relevante?
Pioneirismo estadual: O Ceará é o primeiro estado do país, depois do Rio Grande do Norte, a obter essa autorização para operação offshore — abrindo caminho para uma nova fronteira de geração renovável no Brasil.
Aproveitamento do potencial eólico marítimo: A costa cearense possui ventos constantes e rasos, ideais para esse tipo de projeto. Isso aumenta a eficiência e reduz custos logísticos.
Geração de empregos e desenvolvimento local: A previsão é que o projeto Dragão do Mar movimente a economia regional com empregos na construção naval, logística portuária e operação de sistemas offshore.
Integração com o Porto do Pecém: A estratégia do Ceará inclui uso da estrutura do porto como hub logístico e base de apoio para futuros empreendimentos de energia em alto-mar.
O que representa para os estudantes e profissionais do setor
Esse movimento abre oportunidades concretas em áreas como engenharia offshore, licenciamento ambiental, operação de turbinas marítimas, hidrogênio verde e logística energética. O estado já possui polos de ensino e inovação — como o hub de energias renováveis da UFC e o Instituto Federal do Ceará — que devem se beneficiar diretamente com o crescimento da cadeia produtiva.
Conclusão
A licença prévia concedida ao projeto Dragão do Mar coloca o Ceará no radar da transição energética marítima brasileira. Em um momento em que o Brasil busca consolidar sua liderança em renováveis, esse tipo de avanço representa um passo decisivo para transformar o potencial técnico em desenvolvimento sustentável, geração de empregos e inovação nacional.