O Brasil acaba de atingir um marco histórico na transição energética: ultrapassou os 45 GW de potência instalada em energia solar fotovoltaica, consolidando a fonte como uma das mais relevantes da matriz elétrica nacional.
Segundo dados atualizados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar já representa cerca de 23% da matriz elétrica brasileira, somando a geração centralizada (grandes usinas) e a geração distribuída (projetos em telhados, fachadas e pequenas propriedades rurais). Com esse desempenho, o país figura entre os dez maiores geradores solares do mundo.
O que impulsiona esse crescimento?
Custo cada vez mais acessível
A queda no preço dos equipamentos e o aumento da eficiência dos painéis tornaram a energia solar uma alternativa viável para famílias, comércios e indústrias.
Geração distribuída em alta
Mais de 2 milhões de unidades consumidoras já geram sua própria energia no Brasil, aproveitando incentivos regulatórios e financiamentos específicos.
Clima e localização favoráveis
Com alta incidência solar em todo o território e áreas amplas disponíveis, o Brasil tem um dos maiores potenciais técnicos do mundo para expandir a fonte.
Avanços tecnológicos e mercado aquecido
A entrada de novas tecnologias, como inversores inteligentes e sistemas de armazenamento, amplia a atratividade da energia solar e impulsiona a criação de startups e integradoras especializadas.
Impacto regional e social da energia solar
A expansão da energia solar tem gerado impactos positivos, especialmente no Nordeste, onde se concentram grandes usinas solares. Municípios que antes tinham baixa arrecadação passaram a receber investimentos e criar empregos locais em engenharia, construção, operação e manutenção. Além disso, comunidades rurais e escolas públicas têm adotado sistemas solares para reduzir custos e aumentar sua autonomia energética.
Oportunidades para jovens e profissionais do setor
O crescimento da energia solar abre caminho para milhares de empregos diretos e indiretos, em áreas como instalação, engenharia elétrica, manutenção, análise de dados, comercialização e regulação. Além disso, instituições de ensino e plataformas digitais estão ampliando a oferta de cursos técnicos e certificações específicas para esse setor, que segue aquecido.
Conclusão
A marca de 45 GW representa mais do que um número: mostra que a energia solar é hoje uma das principais aliadas do Brasil na redução de emissões, descentralização da geração e democratização do acesso à energia. Para estudantes e jovens profissionais, é hora de se posicionar nesse mercado em expansão — que une tecnologia, sustentabilidade e impacto social.