O sistema elétrico brasileiro entrou em 2025 sob crescente pressão no campo da cibersegurança. Dados divulgados por instituições como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) mostram um aumento significativo nas tentativas de invasão digital a sistemas de geração, transmissão e distribuição.
Esses alertas vêm em meio à crescente digitalização do setor e à expansão de redes inteligentes (Smart Grids), que, embora tragam ganhos de eficiência, também ampliam a superfície de ataque de agentes maliciosos.
O que está acontecendo?
Em um comunicado recente, o ONS alertou que o volume de notificações de tentativas de invasão aumentou em mais de 60% no primeiro semestre de 2025, com foco especial em sistemas SCADA e infraestruturas críticas operadas remotamente. Empresas públicas e privadas do setor vêm investindo em equipes dedicadas de segurança cibernética, mas o risco segue elevado.
Impactos e riscos reais
Os ataques, se bem-sucedidos, podem provocar interrupções no fornecimento de energia, perda de dados operacionais e comprometimento da segurança nacional. Em um setor interconectado como o elétrico, um ataque isolado pode gerar efeitos em cascata, afetando milhões de usuários.
Como o setor está reagindo?
Empresas estão reforçando protocolos de segurança, adotando inteligência artificial para detectar padrões anômalos e desenvolvendo planos de resposta rápida. A ANEEL e o MME anunciaram que irão atualizar as diretrizes de segurança digital para o setor ainda em 2025, com exigência de certificações e relatórios periódicos.
Além disso, universidades e centros de pesquisa ampliaram a oferta de cursos técnicos e MBAs voltados à cibersegurança energética, com incentivo à formação de profissionais especializados.
Conclusão
A proteção digital do setor elétrico já não é mais opcional: é questão de soberania e segurança nacional. À medida que o Brasil avança na digitalização da matriz energética, a preparação contra ciberataques precisa acompanhar — e se antecipar — às ameaças. Para os profissionais da área, surge uma nova fronteira estratégica de atuação no setor.