O B20 é um combustível composto por 20% de biodiesel (geralmente feito a partir de óleos vegetais ou gordura animal) e 80% de diesel fóssil. Ele combina vantagens ambientais com a confiabilidade operacional dos motores convencionais.
Mas o que o torna diferente do biodiesel 100% puro?
1. Equilíbrio entre performance e sustentabilidade
O uso puro do biodiesel (B100) pode trazer desafios em motores antigos ou não adaptados, como entupimento de filtros e aumento na viscosidade. O B20, por outro lado, preserva a estabilidade operacional, sendo mais compatível com motores diesel convencionais, especialmente os usados em caminhões e tratores.
2. Redução de emissões sem perda de potência
Com 20% de biodiesel na composição, o B20 pode reduzir as emissões de CO₂ em até 15% e de partículas poluentes em até 20%, sem comprometer significativamente o desempenho do motor. Isso o torna uma solução de transição eficaz rumo a uma frota mais limpa.
3. Fortalecimento do agronegócio nacional
A produção de biodiesel no Brasil é fortemente baseada em insumos locais, como óleo de soja, sebo bovino e óleo de palma. A expansão do B20 impulsiona a demanda agrícola e industrial interna, criando empregos e fortalecendo a economia circular.
4. Logística e manutenção: um desafio a ser vencido
Apesar das vantagens, o B20 exige atenção na estocagem e no transporte, pois o biodiesel é mais sensível à degradação oxidativa. Por isso, a adoção em larga escala depende de infraestrutura adequada e capacitação técnica em distribuidoras e postos.
Conclusão
O B20 é mais do que um número: representa um passo importante na transição energética brasileira, conciliando sustentabilidade, viabilidade técnica e incentivo à produção nacional. Entender suas particularidades ajuda profissionais e consumidores a se prepararem para um futuro onde cada gota de combustível será mais estratégica.
